Será que a fé pode ajudar quem tem problemas de saúde? Em São Paulo, um médico trata os pacientes com técnicas de meditação oriental e atrai gente de todas as religiões. A meditação é budista, mas quem comanda o ritual não é monge. O doutor Norvan Matino Leite teve a formação convencional de um médico e foi incorporando outras técnicas no tratamento de tanta gente que chega ao consultório com estresse, ansiedade e, às vezes, doenças mais graves. “Muitas vezes não temos como resolver a doença em si, mas nós conseguimos fazer essa pessoa conviver com a doença. Para viver muito melhor”.
Católica praticante, a aposentada Maria Lúcia Vieira começou a meditar para enfrentar uma depressão. Mas descobriu que sofria também de mal de Parkinson – doença que provoca tremores e dificulta os movimentos. “Eu consegui dominar a situação com a meditação, com a oração, mais a medicina. Porque apesar de estar muito bem, o meu médico não parou com o medicamento”.
“Tanto, a meditação, quanto o encontro de alguma atividade que lhe dê prazer, o otimismo, a esperança perante o futuro, tudo isso influi de maneira muito importante nos sintomas da doença”, continua o doutor.
Remédios e meditação. A fórmula permite que Maria Lúcia chegue aos 81 anos com o corpo ereto e a mente tranqüila.