Lá existe um monge que nunca oferece conselhos; ele só faz perguntas. Mas me informaram que as suas perguntas podem ser muito profícuas, de modo que resolvi procurá-lo.
– Sou abade de uma paróquia – disse. – Estou aqui em retiro. O senhor poderia me dar uma pergunta?
– Ah, sim – respondeu ele. – Minha pergunta é, “Do que eles precisam?
Fui embora desapontado. Passei algumas horas pensando na pergunta e elaborando respostas, mas acabei decidindo procurá-lo outra vez.
– Perdoe-me, talvez eu não tenha me explicado muito bem. A sua pergunta me foi útil, mas eu não estava muito interessado em pensar sobre o meu trabalho durante o retiro. Pretendia refletir com maior seriedade sobre minha própria vida espiritual. O senhor poderia me dar uma pergunta para a minha vida espiritual?
– Ah, compreendo. Então minha pergunta é, “Do que eles realmente precisam?”