Em um mosteiro havia um velho monge que deixava os jovens totalmente intimidados. Não que ele fosse severo, mas porque nada, absolutamente nada, parecia perturbá-lo.
Os jovens viam nele algo inquietante e resolveram testar a paciência do velho monge.
Numa escura manha de inverno, quando era tarefa do velho monge levar a oferenda de chá à sala do monge superior, o grupo de jovens se escondeu em uma das curvas do longo e sinuoso corredor do mosteiro. Quando o velho se aproximou, eles saíram do esconderijo dando gritos assustadores. Mas nada adiantou.
Sem sequer alterar o passo, o velho monge seguiu andando com calma, levando cuidadosamente a bandeja de chá. Próximo à sala havia uma mesinha. O velho foi até ela, colocou a bandeja de chá, cobriu-a para protegê-la da poeira e, então, só então, apoiando-se contra a parede, deu um grito, numa exclamação de susto.